Escola de Teresina suspende aulas devido ao calor extremo: ‘comecei a suar frio’, diz professora

Informativo

O professor Túlio Castelo Branco, diretor da escola municipal, informou que a rede elétrica não suporta a instalação de ar-condicionado. A Equatorial Piauí informou que vai enviar equipes ao local.

As atividades da Escola Municipal Manoel Nogueira Lima, localizada no povoado Chapadinha Sul, na zona rural de Teresina, foram suspensas em razão das altas temperaturas registradas nos últimos dias. A capital bateu recorde do ano, ultrapassando os 40° C.

O motivo maior do problema é que a rede elétrica da escola não suporta a instalação de ar-condicionado e os alunos e professores não aguentam o calor. A Equatorial Piauí informou que vai enviar equipes ao local. Veja mais informações ao fim da reportagem.

A unidade, que conta com 250 alunos na manhã e tarde, possui somente ventiladores de teto para climatizar as seis salas de aula, de 1º a 9º ano. Diante da situação, alunos e professores realizaram um protesto, na manhã desta quarta-feira (27), solicitando melhorias.

Conforme relatos, o calor vem causando inclusive mal-estar físico, principalmente no período da tarde. A professora Socorro Galvão contou que chegou a passar mal enquanto dava aulas.

“Entrei para dar minha aula à tarde e pouco tempo depois eu comecei a sentir uma sensação de sufoco, comecei a suar frio, a ter vertigem. Os alunos e outra professora vieram me socorrer”, afirmou.

Rede elétrica insuficiente

O professor Túlio Castelo Branco, diretor da escola municipal, explicou que é necessário um gerador para conseguir instalar a climatização por aparelhos de ar-condicionado. Segundo ele, a rede elétrica não suporta os equipamentos.

“A gente já vem lutando há bastante tempo. Temos esse impasse com a Equatorial Energia que precisa transformar nossa rede em trifásica. Então precisamos de uma usina individual ou um transformador de alta potência”, salientou.

Em 2019, a concessionária de distribuição de energia fez uma ligação da rede trifásica na escola, mas uma carreta arrastou a fiação e derrubou a subestação.

A estudante Vanessa da Silva, do 7º ano, lamenta a situação. “Não é só por mim, mas pela minha escola, porque tem tantas crianças que são o futuro do Brasil e que merecem um lugar digno de estudo”, afirmou.

O que dizem a Semec e a Equatorial

O secretário municipal de Educação, professor Nouga Cardoso, disse que estão sendo discutidas medidas para amenizar a situação vivida por esses alunos e professores, que vão desde a possibilidade de liberar os alunos das aulas presenciais, adotando o modelo remoto, ou a alternância entre turnos.

“São ações que estão sendo discutidas e a gente vai levar a essas escolas que tem apresentado esse maior desconforto em relação ao funcionamento nesse período de maior calor”, disse.

A Equatorial Piauí informou que vai enviar uma equipe pare realizar uma inspeção na rede elétrica e fazer as intervenções necessárias.

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